top of page

Nossa História

Telhado pronto
Parede

Olá a todos!!! Vamos contar um pouco da nossa história e como largamos as atribuições e correrias da capital do país para virmos morar e trabalhar com permacultura na Chapada dos Veadeiros no Brasil.

Criado em 1961, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros protege uma área do bioma brasileiro Cerrado de altitude com centenas de nascentes, curso d’água e rochas de mais de um bilhão de anos. A UC preserva áreas de antigos garimpos como parte da história local. Em 2001, a Chapada dos Veadeiros foi declarada Patrimônio Natural da Humanidades pela Unesco. Acontece que a agricultura vem se expandindo fortemente nessa região através das monoculturas de milho e soja, de forma desordenada, o que ameaça a biodiversidade desta parte do Cerrado, visto que a ocupação deste bioma pela produção agrícola, via agronegócio, repercute em problemas como a concentração da terra em grandes propriedades, na dependência da monocultura dos insumos como irrigação, fertilizantes, agrotóxicos, o uso de pouca mão de obra, o que gera concentração de renda

Em 2012, eu (Fabiano) e a minha companheira (Mari), estávamos no início de nossa relação. Tínhamos vários sonhos comuns de largar aquela correria de Brasília, capital do Brasil. O custo de vida estava alto, o trânsito aumentando a cada dia que passa e a qualidade de vida (que sempre foi o ponto forte de Brasília) estava piorando cada vez mais. Brasília é uma cidade relativamente nova, mas o aumento populacional foi de forma rápida e desorganizada.

 

No meio dessa confusão de uma metrópole em desenvolvimento, conhecemos algumas pessoas que estavam comprando uma terra em Alto Paraíso na Chapada dos Veadeiros para formar uma comunidade permacultural vizinha ao Parque Nacional, com o objetivo de proteger o que ainda resta do Cerrado. Rapidamente nos juntamos a eles e garantimos um lugar que no futuro iria ser nosso lar. Mas o futuro veio mais rápido que imaginávamos. Com o nascimento do nosso filho Bento no início de 2013, resolvemos colocar nosso plano em prática de forma rápida, para que nosso filho crescesse num lugar mais tranquilo e com melhor qualidade de vida.

Eu sou comunicólogo e a Mari Instrutora de Yoga, além disso, também  produzíamos a manteiga clarificada AuriGhi que vendemos na feira do produtor loca em Alto Paraíso até hoje. (entre na nossa Bioloja e conheça nossos produtos). Não foi difícil conseguir um emprego na região, comecei a trabalhar dando aula pelo Pronatec (programa federal de capacitação técnica) em várias cidades da região e nas comunidades quilombolas Kalunga espalhadas em Teresina de Goiás e Cavalcante. A Mari rapidamente começou a dar aula de yoga na cidade e assim conseguimos alugar uma casa em Alto Paraíso e começamos a realizar nossos planos de bioconstrução da nossa casa.

Barraca que morávamos

Ainda no começo, vieram as dificuldades que, na teoria não imaginávamos, mas a prática... O Programa do Pronatec, onde eu lecionava, terminou e ficamos sem ter como pagar o aluguel de nossa casa. Minha companheira, meu filho e eu fomos morar numa barraca que armamos no terreno que estávamos fazendo nossa casa e após o telhado terminado, mudamos a barraca para dentro de casa mesmo sem as paredes prontas. Ainda tivemos que enfrentar os extremos climáticos, quem mora no Cerrado sabe como a seca e a chuva castigam, enfrentamos cansaço físico, falta de dinheiro, empréstimos, enfrentamos a dificuldade de criarmos um filho nessas condições. Mas também tivemos um apoio indispensável de nosso amigos de Brasília e da comunidade. Algumas vezes tivemos ajuda até desconhecidos que se tornaram grandes amigos.

Hoje, nossa casa cresceu!! Fizemos um banheiro confortável com divisão de águas negras (BET) e cinzas (círculo de bananeiras), construímos uma cozinha grande e bem equipada para a produção da manteiga Ghee, um mirante para curtir o mais belo pôr do sol da Chapada, o acabamento está perfeito (graças a Mari). Ainda tem muito a se fazer na casa, na verdade parece que o trabalho é eterno, mas já estamos entrando numa nova etapa e vamos nos dedicar a sustentabilidade e independência alimentar e energética do Espaço Ajna.

As dificuldades não terminaram. Para atingir nossos objetivos ainda precisamos de investimentos financeiro e de tempo. A comunidade ainda sofre com problemas de falta de água e precisamos de várias medidas para chegarmos ao ponto de termos abundância em nossas plantações. Para amenizar a falta de água, construímos um tanque de peixe em um dos buracos que retiramos a terra pra fazer a casa, mas ainda é pouca água para sustentar uma  plantação em um longo período de estiagem.  A meta agora é construir um tanque maior e fechado, assim conseguiremos evitar a evaporação e garantiremos a irrigação do nosso sistema de produção de alimentos e da nossa futura agrofloresta. 

Esse sempre foi nosso segredo!!! A persistência e a união não deixou as dificuldades nos parar, pelo contrário, a animação de ver o projeto dando seus passos a cada dia, supera muito o desânimo que as dificuldades nos trazem. Navegue pela nosso site e conheça nossos projetos permaculturais.

. Venha nos conhecer pessoalmente, trocaremos muitas ideias e experiências!!!

Produtos relacionados

Contate-nos
bottom of page